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Sandra.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

LEMBRANÇAS DE NOVEMBRO




Olá pessoas!!!
Em primeiro lugar gostaria de agradecer os acessos e os recados. Como eu já disse anteriormente, não sei de tudo. Na medida do possível, respondo o que sei. Obrigada mesmo.
Só para lembrar, eu já postei aqui, mas lembrar não custa nada, eu não possuo mais a chinesinha. As minhas respostas estão sendo no “achômetro”. Mesmo assim, se eu pudera ajudar, ficarei satisfeita.
O “post” de hoje na verdade deveria se chamar “A epopéia de novembro”, mas preferi chamar de lembrança. Aliás, estou devendo a mim mesma esse “post” a um bom tempo. Sempre ensaiei fazê-lo, bati as fotos, mas não tinha coragem (ou faltava tempo). Mas vamos lá para a saga:
Estava eu na minha casa, com minhas costurinhas, bem tranqüila, preparando-me para as férias de dezembro no Rio quando, mais que de repente, o telefone toca. Era uma pessoa que eu nunca falara antes, dizendo que tinha sido recomendada a procurar-me, ela queria que eu fizesse uns figurinos (oi??), para apresentação de fim de ano do Ballet de sua Academia. Me vi um pouco reticente, pois nunca tinha feito este tipo de trabalho, mesmo assim, quase sem ânimo, resolvi marcar um encontro com ela para ver do que se tratava.
Para a minha surpresa (e temor), não se tratava de uma simples academia, era um troço gigantesco e o espetáculo que eles estavam ensaiando era algo em torno de mais de 100 pessoas e ainda mais, quando eu olhava para as paredes e galerias da academia via diversos prêmios que a Companhia dela havia ganhado no Brasil inteiro e até em outros países. Daí eu fiquei com um misto de medo e desafio. Não tinha noção de quanto cobrar, nem do que eu faria, mas confesso que fiquei tentada era desafiador demais, a adrenalina tomou conta do meu cérebro... uiii!!! rsrsrs
Sentamos, conversamos ela me falou o que queria, disse que tinha outras pessoas trabalhando para ela e que se eu topasse, ficaria com as roupas das crianças entre 3 e 5 anos. O valor não foi lá essas coisas, mais o desafio falou mais alto. Topei. Foram vinte e uma (21) roupas. Sendo dezesseis (16) deles uns "Tutu" nunca pensei em fazer um troço desses), e cinco (5) vestidos de Mosqueteira. E um agravante: faltava pouco menos de um (1) mês para o espetáculo.
Cheguei em casa, reuni a tropa e disse: esqueçam de mim por esses dias. Ao marido disse: -os filhos são só teus. A filha disse: - A casa é tua e não me pertube. Ao meu filho (6 anos) disse: -perdoe a mamãe. E, mãos a obra.
Primeiro passo: o material
Nunca tinha visto tanta coisa junta na minha curta vida de costura. Era todo tipo de tecido e adereços. Senti-me a verdadeira estilista de escola de samba. Era rolo de Tule, Filó, Organza, Seda , etc, etc, etc... conforme vocês podem ver na foto abaixo.
Dia um. Agora, o ponta pé inicial, não sabia por onde começar... tomar medida das meninas, fazer moldes, cortar, costurar, MEDOOO e, costura de novo; corta novamente, e a noite passa, crianças dormem, marido faz companhia, e a madrugada entra.... Meu Deus! De um simples desenho em um rascunho de agenda, fazer os figurinos.
Segundo dia e nada de concreto. Continuemos. Adoro desafios, já disse. E de novo, tesoura, papel, paciência, linha para todos os lados, muitos pedaços de panos.... E, nesse momento, o medo já era maior que o desafio.
Agora, neste estágio, o meu atelier, que é um quartinho no meu apartamento que originalmente foi feito para empregada (só que eu sou minha própria empregada, então reivindiquei o quarto para meu atelier), já era pequeno. Daí a casa toda virou atelier. Corta tecido na mesa, amontoa nos sofás, acessórios em cima das cadeiras, em suma, até minha cama tinha pedaços de tecidos que serviria para alguma coisa.
O tal do “Tutu”, tinha que ficar na posição horizontal, mesmo sendo usado na vertical, pode isso? Pensei, meu Deus, isso vai armar (é assim que se fala)! Ela me veio cheia de termos técnicos, coisas que eu nunca tinha ouvido falar (pelo menos em costura), para o Tutu tinha que fazer uma bandeja de filó, eram 12 metros de filó com 15 cm de largura, franzido até virar uma bandeja mesmo, isso foi extremamente cansativo, o troço vai ficando pesado... sinceramente indescritível... Pior, eram dezesseis (16) desses. E cada um, além dessa bandeja ainda tinha seis saias de tules franzidas, cada uma com 12 m de comprimento. Imagine remendar tudo isso e ainda franzir. Jesus!! E esta saia tinha que ser presa em alguma coisa, certo??? Então, ai entrava os Bodys (collant), de tafetá, com forro interno e externo, esse, de um tule bordado LINDO!!! Acompanhe as fotos...
A tal bandeja

A saia pronta, já com o tule rendado e o jabbot

Os bodys











Ficou assim o resultado. Lindos, não??
Bem como eu falei que eram vinte e um (21) e eu só fiz dezesseis (16), que foram os TUTU's, é claro que qualquer matemático de mesa de bar sabe que estavam faltando cinco (5). Pois é, foram justamente esses cinco (5) que me deram mais alguns fios de cabelos brancos...

Por mais que eu fizesse, sempre ficava uma ponta caída. A contratante comprou uma seda lindissima, toda bordada, para fazer os vestidos das mosqueteiras, um vestido com o corte godê, de seda, ainda mais sendo a bendita bordada (era fio esticado pra todo lado, estica daqui, encolhe dali, pontas, pontas e mais pontas... Jesus me abana que to passando MALLLL). E eu cortava, acertava, e logo após, ponta caída de novo. É claro que a essa altura já faltava pouco tempo. E eu, maluca!!! Sabia que não iria dar conta...
É aí que entra a minha amiga Dirliane, em quem confio em entregar qualquer costura, pois sei que é tão exigente quanto eu. Nós duas juntas fizemos o possível e o impossível. Passamos horas a fio, madrugadas e mais madrugadas e os figurinos não ficavam bons. Procuramos alternativas, mas sabíamos que a contratante (assim a chamarei, pois não tenho permissão para revelar seu nome), era também exigente. Daí procuramos uma alternativa e decidimos que do jeito anterior não faríamos, pois o nosso nome (agora eu e ela) estava em jogo. Faltando uns quatro (4) dias, chamei a contratante, dei uma segunda opção e disse que do jeito anterior não faria, pois o tecido não era adequado para aquele tipo de figurino (agora já chamo o termo técnico), apesar do tecido ser lindo, o caimento jamais sairia perfeito.

Solução: Trocar a saia do vestido. Recortar todo o bordado do tecido original, aplicar no tecido adequado (fizemos com cetim), da mesma cor e ficaria perfeito. E ficou!!! Aliás, acho que ficou bem mais bonito. Falei para ela da solução, e a alternativa não podia ser diferente dos demais figurinos, ela topou e fizemos uma obra de arte.
É, mas não era só isso, tinha também as armações, que com a seda nunca dava certo pois, o tecido é muito leve e caia fazendo buracos sobre a armação... olha, quando vi o desenho desses vestidos pensei: beleza esses dai vai ser moleza... ledo engano, eles realmente são vestidos fáceis de fazer, mas me deu tanta dor de cabeça, que a difculdade dos tutus foram reduzidas a nada!!
Assim, entre mortos e feridos, todos se salvaram, os figurinos foram entregues a tempo, eu e Dirli nos superamos e vimos que desafios são bons!!! testam nossos limites e conhecimentos.
Valeu Di, pela ajuda, pela força e pelas madrugas...

Vejam as fotos:


Este era o tecido original

Este é o figurino, lindo porém com o resultado final imperfeito

Logo abaixo, como conseguimos resolver o problema:





Usei entretela de patchwork e colei todo o bordado

Em seguida apliquei tudo na máquina, trabalheiraaaa!!!

E agora, minha amiga Dirliane e eu.

Esses antes de trocarmos as saias


Abaixo, eles prontos para ser entregues, as fotos não ficaram boas, tive que tirar com o celular, a máquina estava descarregada... a essas alturas, eu nem pensava mais, estava com o piloto automático ligado a dias, eu parecia mais uma Zumbi.



Bem gente, é isso ai... graças a Deus novembro passou, levando com ele todo meu cansaço e correria, ficou a experiência e a felicidade do dever cumprido!!!

Pessoas, beijos de montão,
E continuem comentando.

Próximo post, alguns vestidos que fiz.

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Sandra.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Começando 2011

Oi, antes de mais nada, feliz 2011 para todas as minhas queridas leitoras e leitores.

Não tenho tido muito assunto para blogar, aliás, não tenho tido tempo. Hoje resolvi aparecer para dar um oi.

Passei final de ano no Rio, rever parentes (sogros são parentes?) e amigos. Muito bom. Aliás, muito cansativo. Não tinha vaga na agenda. Resultado: mais alguns quilinhos para me preocupar em queimar em 2011. Como o ano só começa depois do carnaval, vou perder o peso em 2011.

Muitas fotos com amigos, visita a Teresópolis, antes da catástrofe, e noite de ano novo na igreja. Pena que tudo isso aconteceu. Que Deus, com a sua soberana vontade, conforte os moradores da região serrana.




Aproveitei as férias para dar uma atualizada no meu atelier. Na verdade fui certa que compraria uma Singer Facilita (a melhor máquina da Singer, na minha humilde opinião). Demos uma corridinha nas lojas de máquinas usadas no Rio e até achamos, mas elas deviam estar boas, mas estava em mal estado de conservação, eles só querem vender, mas nem sequer pintam. Sem falar que o preço estava os olhos da cara. Acabei comprando uma similar, zero Km, e pelo mesmo preço da FACILITA. Na verdade é uma marca que eu não conhecia bem, uma tal de Sun Special (www.sunspecial.com.br), um modelo SS-974, genérica da facilita, e até o momento, muito boa (qualquer problema, coloco a boca no trombone). Ela tem uns disquinhos (igual os da Facilita antiga, bem antiga!!) que podemos fazer diversos pontos. Legal mesmo.






Aproveitei também para dar um pulinho na loja “Caçula” (www.cacula.com), o paraíso de quem gosta de costura, e fiz umas comprinhas básicas. Nada demais, pois eu também estava meio que dura. Só umas coisinhas básicas mesmo que eu não consigo achar por aqui.





Outra coisa que eu estava ensaiando comprar a muito tempo e não achava por aqui era um busto de costura. Achei o bendito no Rio. Não titubeei, comprei. Paguei R$ 85,00 sem o pedestal. Achei que comprando o pé ficaria muito volume no avião. Chegando em Porto Alegre, aproveitei o tempo vago e fui em uma loja comprar o tal pedestal (www.armazemdolojista.com.br), já que estava de carro e ficaria mais fácil de trazer. Tive uma grande surpresa, o busto que eu paguei R$ 85,00 no Rio, custava R$ 73,00 em Porto Alegre (RAIVAAA). Comprei só o pedestal e satisfiz-me em tentar morder o cotovelo (de novo RAIVAAAA).





Por enquanto é só. Fomos convidados para um casamento e estou confeccionando o meu vestido. Se o resultado final ficar legal, faço uma postagem com ele.
Aguarde novidades no blog.

Obs.: Sempre que possível, colocarei o endereço do site dos artigos citados no blog. O mais importante, não estou ganhando nada para isso.

Sandra

Amigos visitando...

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